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Felicidade não é opcional - Porque sua felicidade é importante para Deus


Este artigo foi publicado originalmente no DesiringGod (para ler o original, clique aqui). A tradução é de Lucas Salgado, realizada com autorização prévia do site acima citado.


Felicidade é essencial para a vida cristã. As escrituras são claras: o povo de Deus é chamado para regozijar-se e é caracterizado por isso.

Nosso Pai celestial não é indiferente para com a nossa felicidade. Alegria não é um ornamento obrigatório quando se começa a vida cristã. Não é a cereja do bolo, mas é um ingrediente essencial em uma complexa mistura.

Isso não significa que existe apenas alegria, mas em meio as nossas mais dolorosas perdas e sofrimentos, nós descobrimos quão profundos são os reservatórios da alegria cristã. Somente aqui, em dificuldade e escuridão, nós provamos a essência de tal alegria - que não é frágil, frívola e vazia, mas é consistente, preciosa e completa.


Felicidade é possível Escutar que alegria não é opcional é para alguns ouvidos como um som de promessa e esperança. Se a alegria é essencial, então, deve significar que felicidade é possível. Em um mundo de pecado e sofrimento, bagunça e miséria, é uma boa notícia escutar que a felicidade é possível.

A felicidade é um mandamento em toda a Bíblia. Foi um mandamento na primeira aliança de Deus com seu povo, Israel, mais precisamente em Salmos: “Regozije-se Israel no seu Criador, exultem no seu Rei os filhos de Sião.” (Salmos 149:2). “Tomara de Sião viesse já a salvação de Israel! Quando o SENHOR restaurar a sorte do seu povo, então, exultará Jacó, e Israel se alegrará.” (Salmos 14:7). “Alegrai-vos no SENHOR” (Salmos 97:12). “Servi ao SENHOR com alegria.” (Salmos 100:2). “Alegrai-vos no SENHOR e regozijai-vos, ó justos; exultai, vós todos que sois retos de coração.” (Salmos 32:11). Existem ainda muitos outros textos por todo o Antigo Testamento.

Além de Israel, Deus comanda a todas as nações para regozijarem no seu criador: “Louvem-te os povos, ó Deus; louvem-te os povos todos.” (Salmos 67:4). Ele ainda comanda o mundo natural para se juntar a essa felicidade: “Alegrem-se os céus, e a terra exulte, ruja o mar e a sua plenitude.” (Salmos 96:11).

No novo testamento, Deus mesmo, em Sua completa humanidade, não muda Seu tom no momento em que Ele se torna um “homem de dores” em nosso mundo caído (Isaias 53:3), mas ordena que nos alegremos mais do que qualquer outro, e nos dá mais razão para regozijarmos: “Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus.” (Mateus 5:12). “Regozijai-vos naquele dia e exultai” (Lucas 6:23). “Alegrai-vos porque o vosso nome está arrolado nos céus.” (Lucas 10:20). Sim, a felicidade é possível, a felicidade é tão real e abundante que vamos até nossos amigos e vizinhos e dizemos: “Alegrai-vos comigo” (Lucas 15:6,9).

Se isto não estiver claro o suficiente até este momento, o apóstolo Paulo reforça ainda mais em suas cartas para as igrejas: “Regozijai-vos na esperança...Alegrai-vos com os que se alegram” (Romanos 12:12-15). “Finalmente, irmãos, regozijai-vos” (2 Coríntios 13:11). “Regozijai-vos sempre”. (1 Tessalonicenses 5:16). E depois, ele segue com a onda de alegria para os Filipenses: “Alegrai-vos e congratulai-vos comigo.” (Filipenses 2:18). “Alegrai-vos no Senhor.” (Filipenses 3:1). “Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos.” (Filipenses 4:4). Não terminamos com as várias faces da dor nessa vida, mas em Cristo nos temos acesso a uma alegria subterrânea que é simultânea, e mais profunda do que, o maior de nossas tristezas. Nós estamos “entristecidos, mas sempre alegres” (2 Coríntios 6:10).

Uma das razões pela qual a Bíblia é tão implacável em insistir em nossa alegria é por causa da bondade de Deus. O imperativo para a alegria em nós é baseado no indicativo da bondade Nele. “Alegrar-te-ás por todo o bem que o SENHOR, teu Deus, te tem dado a ti e a tua casa” (Deuteronômio 26:11). A alegria no coração da criatura corresponde a bondade no coração do Criador. Alegria é a resposta adequada do receptor para a bondade do Doador.

Mas eu não sou feliz. Alguns veem possibilidades no mandamento da alegria; outros veem problemas. E ambas as respostas são justificadas. Nós somos pecadores, espiritualmente mortos por natureza (Efésios 2:1-3). Frequentemente somos emocionalmente inconstantes e espiritualmente lentos. Mesmo em Cristo, nós diariamente passamos por uma montanha russa que vai de corações letárgicos a espíritos aquecidos, e retornando para sequidão novamente.

Aqueles que se conhecem, e que estão aprendendo a serem honestos com a realidade, sabem como nossa verdadeira alegria é pequena, e pedem para nosso Pai repetidas vezes: “Restaura a alegria da minha salvação” (Salmos 51:12).

Para essas pessoas fracas e autoconscientes, escutar que a alegria não é opcional pode passar o sentimento repleto de mais condenação do que de possibilidades. Pode ser um novo peso para carregar sobre os ombros já sobrecarregados.

Mas a nossa felicidade não é o fim da história. Uma peça infinitamente poderosa permanece na equação.


Deus é totalmente comprometido com a sua alegria Com as nossas intermináveis falhas, é tão espetacularmente boa a notícia de que o próprio Deus é totalmente comprometido com a nossa alegria eterna Nele. Na verdade, há um entendimento em que Ele é tão comprometido com a nossa alegria Nele assim como ele é comprometido com o propósito final do universo: que Ele seja honrado e glorificado. Porque nossa alegria está ligada a Sua glória. Nas palavras do refrão poético de John Piper, Deus é mais glorificado em você quando você está mais satisfeito Nele.

Deus é justo e, portanto, não é indiferente a sua glória. E a boa notícia para aqueles que esperam no sangue e na justiça de seu Filho é que Ele não é indiferente a sua alegria. Não é a frágil, frívola e vazia alegria, que são meras circunstâncias externas que o mundo pode trazer, mas a consistente, preciosa e abundante alegria, mais profunda e ampla que qualquer infelicidade que esta vida possa trazer.

Em Cristo, Deus não apenas não é mais contra nós com seu furor onipotente, mas agora Ele é por nós, para nossa profunda e duradoura alegria, em todo o seu onipotente amor. Suas promessas através de Jeremias chegam até nossas casas através de Cristo: “Terei prazer em lhes fazer o bem e com todo o meu coração e com toda a minha alma deixarei que fiquem morando nesta terra” (Jeremias 32:41).

Nossa alegria não será perfeita nessa vida; vamos sempre lutar e sofrer. Nós teremos nossas angústias e ansiedades. Nós teremos nossos altos e baixos. Ainda assim, poderemos sentir essa alegria. Não temos apenas a grande alegria vindoura, mas mesmo agora podemos provar amostras dessa doçura, especialmente na dor e sofrimento. “Vocês o amam, mesmo sem o terem visto, e creem nele, mesmo que não o estejam vendo agora. Assim vocês se alegram com uma alegria tão grande e gloriosa, que as palavras não podem descrever.”(1 Pedro 1:8).

É uma boa notícia que a alegria não é opcional na vida cristã porque o peso final não cai em nossos fracos ombros, mas nos ombros do onipotente Deus.




By David Mathis. ©2016 DesiringGod Foundation.


David Mathis (@davidcmathis)

Diretor Executivo do desiringGod.org, pastor na Cities Church em Minneapolis-Saint Paul, e professor adjunto na Bethlehem College & Seminary. Ele é autor do livro "Habits of Grace: Enjoying Jesus through the Spiritual Disciplines".

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